quinta-feira, 21 de novembro de 2013

TRIPA DE ACARI

TRIPA DE ACARI Quando íamos pescar na Ponte Grande (assim denominávamos o Trapiche), seguíamos um ritual: arranjar a linha de pesca, o s anzóis e a chumbada que era comprada em tiras e amassadas. Depois arrumar a isca, que dava um trabalho danado: ou roubávamos um pedaço de charque no Tio Raimundo Figueiredo ou pegávamos emprestado uns camarões na Beira. Às vezes conseguíamos alguma minhoca lá Muinha, mas era difícil. Daí, era ficar na “cabeça da ponte” e lançar a linhada na esperança de algum mandiÍ ou mandubé se interessar pelos petiscos, quando não vinha candiru, baiacu ou bacu pra atazanar nossa diversão. Mas tinha dois problemas gravíssimos. O primeiro era esquivar a linha da quantidade de canoas, montarias, bajaras, batelões e barcos que aportavam ou simplesmente passavam pelo local. O segundo problema era o mais difícil. Era quando puxávamos a linha e ela ia se amontoando, e nesse amontoar ela se enrolava toda formando um nó górdio de impossível solução. Nesses momentos, não tinha santo pra quem recorrer....a única alternativa era lançar mão de um mantra proveniente de nossos ancestrais via tradição oral. Então, como monges tibetanos, púnhamos a concentração naquele emaranhado de fios de nylon, recitando como uma prece infinita: -“tripa de acari...tripa de acari... tripa de acari...tripa de acari... tripa de acari...tripa de acari

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A INCRÍVEL HISTÓRIA DA VISAGE “PADRE SEM CABEÇA” QUE USAVA CHAPÉU

Éramos um trio de moleques do centro de Abaeté. Vizinhos, eu, o Amiraldo e o Pedro Jorge (Rato do Esgoto), brincávamos e fazíamos nossas estripulias e aventuras como irmãos. Pira n’água, pescaria, espeta, “camonisilá”, peteca, pião, papagaio e curica, etc etc..Ah! Também havia porradas e muita sacanagem. Conhecíamos os quintais das quadra circunvizinhas que nenhum GPS podia ser mais preciso: as goiabeiras por seus frutos e pelo excelente material para nossas baladeiras, o abiu mais pela sacanagem de ficar pregando os beiços do que pelo sabor, o marmeleiro que não tinha gosto nenhum a não ser a o sabor de surripiá-lo sem permissão. Mas tinha um que, na época certa, era especial: o quintal do prédio do INPS que ficava na Barão do Rio Branco, quase em frente da livraria da Dona Edna. É que lá tinha um pé de abricó. E que pé...

No mês de outubro, se não engano, essa garbosa árvore florescia e, após, expunha a nós, muitos, mas muitos frutos mesmo...E como o abricó é gostoso...carnudo, com sua polpa indo do amarelo ao vermelho, o odor que desperta intensa salivação e até aquela dorzinha embaixo das orelhas de tão bom...e o gosto, então! O gosto doce e azedo é indescritível....

O quintal do INPS com o abricoteiro carregado de frutos era o objeto de todos os nossos desejos.

Entretanto, entre nossos desejos e o seu objeto existia um obstáculo cruel: “Seu” Paulo Piraíba, o guarda do INPS, que teimava em vigiar o abricoteiro muito mais que o prédio. Não sei até hoje porque ele tinha esse comportamento, pois o abricoteiro era do Governo Federal que se dizia do povo e para o povo e nós éramos povo, moleques mas filhos do povo. Nós tínhamos direito natural e constitucional aos abricós. Mas o “Seu” Paulo Piraíba parecia seguir ordens dos ditadores de plantão e não respeitava os direitos do povo, nossos direitos legítimos aos abricós.

Ocorre que a dialética prevê que o novo sobrepõe o velho em algum momento, dadas as condições objetivas e subjetivas para tanto. E assim aconteceu. O cansaço dominou o corpo e a mente do guarda do INPS diante do vigor espiritual e físico de seus oponentes, na flor da idade. Era difícil controlar três endiabrados moleques que pareciam se multiplicar por dez quando queriam tomar de assalto a frondosa árvore de abricós.

“Seu” Paulo Piraiba, inteligentemente, inventou uma história que o quintal era assombrado por uma visage: o “padre sem cabeça”. Este teria sido um sacerdote do interior que, necessitando de cuidados médicos foi ao INPS e, como é de conhecimento público, não foi atendido. Tinha uma terrível dor de cabeça, insuportável até para um representante de Deus. Com a falta de atendimento, sua cabeça teria explodido enquanto estava na fila aguardando uma senha para ser atendido pelo porteiro do INPS. Assim, sua alma estava vagando pelo INPS, sem a cabeça explodida.
Lógico que a história da visage do “padre sem cabeça” fez nosso trio paralisar as atividades de tomar nossos direitos aos abricós à força. Quase uma semana sem chegar perto do INPS.

Mas a vida era insuportável sem os abricós que pendiam no terreno assombrado.

Reunimos-nos e decidimos na porrinha quem seria o “corajoso” a ir à frente para emprestar alguns abricós. O azar recaiu sobre Amiraldo.

Fomos os três para a frente do INPS. Eu e Pedro Jorge ficaríamos na calçada e Amiraldo entraria no quintal. Se nada acontecesse, assoviaria para entrarmos.

Pois bem, Amiraldo entrou e saiu. Parece que saiu antes mesmo de entrar tamanha foi a velocidade desse fato. E saiu branco, cabelos arrepiados e gaguejando.

Afastamo-nos do local para ouvir o que tinha acontecido. Amiraldo gritou:

- Eu vi o “padre sem cabeça”....e ele usava um chapéu preto imenso....


Pedro Jorge questionou na lata:

- Mas se ele é “sem cabeça”, como usa chapéu???

Amiraldo retrucou na mesma velocidade:

- Então entra lá pra ver se não é verdade!!!

E o “padre sem cabeça” até hoje deve estar usando chapéu porque eu e Pedro Jorge não ousamos duvidar das leis do outro mundo e porque o Amiraldo devia entender de visagem mais que nós....



Cuiabá, 15 de novembro de 2008



Clóvis Figueiredo Cardoso

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O TEMPO DE UMA ABAETÉ

O TEMPO DE UMA ABAETÉ

A avó Maria segurava sua mão e caminhavam para o sítio na “Boca do Jarumã”, por onde passava o antigo ramal de Beja, numa distância de mais ou menos cinco quilômetros.
Era uma aventura aquela caminhada. Tanto pela lonjura quanto pela descoberta que no caminho a avó fazia questão de iniciá-lo.
A velha senhora, feições típicas de cabocla ribeirinha, carregava um ‘aturá’, grande cesto tecido de cipós, no qual passava uma espécie de cinta que ia presa em sua testa. Utensílio indígena com toda certeza.
Uma parada e apanhavam camapús, noutra, tucumãs e inajás, que pendiam sob armadilhas de espinhos.
Após o “Campo da Aviação”, antes do “Laranjal”, ficava um sororocal, onde pombos-do-mato arrulhavam em grande algazarra.
Sempre tinha a vez da paradinha para acender um cachimbo de cabeça de barro, após fatiar-se o “tabaco de mole” e amassá-lo nas mãos. Apesar da avó fumar o tabaco de mole, que era comprido como uma vara e vinha enrolado numa embira, no aturá ia o tabaco “Leão” que era o do gosto do avô. Na “Bera” tinha também o tabaco “Papão” que, tal qual o Leão, já vinha cortado, desfiado e empacotado. A paixão pelos times do Paissandu ou do Remo é que definiam a diferença de marcas e o gosto do fumante...
Às vezes cortavam caminho pela mata, passando pela tapera do Manduca, lanterneiro fazedor de lamparina a partir de lata de leite ninho, e por um afamado “terreiro” onde se cultuava Mãe Mariana, a Rainha da Turquia que se encantou nas matas da Amazônia.
Mas o que impressionava o menino eram os ensinamentos que recebia. As folhas e ramas de murta braba eram reconhecidas e apanhadas calmamente com um ritual religioso. A identificação do pé de verônica e a forma de se retirar suas partes sem matar a planta que junto com outras ia compor uma milagrosa garrafada para apertar vaginas e ajudar as raparigas e moças de família a resolverem diversos problemas sexuais, afetivos e financeiros. Além dessas, muitas e outras plantas da flora amazônica revelavam suas mágicas para o garoto.
Para se chegar no sítio, antes se passava pela floresta de ingazeiros, castanheira, andirobeira, bacuri-pari e açu, pepino do mato, pé de ginja, cacau, cacaui, açaí, bacaba, e uma bela casa-de-farinha com seus pilões, pás, remos, tipitis e o gigante forno de cobre para torrar a farinha d’água.
O menino corria para o avô e o abraçava. O avô,cego, segurando em uma mão uma vara e noutra a pequena mão, contava o que mais gostava de ouvir: a história da Rainha Encantada Maria de Portugal que vivia no olho d’água perto do Tijuquaquara e que explodia nas noites de lua cheia à qualquer aproximação humana.
A noite todos os sons e todos os encantamentos passavam na ilharga daquela casa abençoada. Mapinguari, Cobra-Grande, Negrinho da Pororoca, Labisonho, Padre-Sem-Cabeça e todos os entes do tempo.
Ao amanhecer o menino segurava a mão do avô cego que seguia pela mata, mas que a conhecia com a alma. Banhavam-se nas águas do igarapé ao lado de currais de mandioca braba que fermentavam tucupi em suas entranhas. Acarás passeavam tranqüilos sobre as águas.
Esse tempo anda vagando pela lembrança de um homem adulto, jogado no mundo que não lhe pertence, em qualquer metrópole do mundo.
O tempo pertence ao avô que doou sua carne e seu espírito para germinar um pé de andiroba na ilharga de um igarapé.
O tempo pertence à avó que encantou-se Matinta Perera e que espera seu neto trazer-lhe um bom tabaco de mole.

Cuiabá, 29 de outubro de 2009

Clóvis Figueiredo Cardoso

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A LENDA DA ILHA DA PACOCA

A LENDA DA ILHA DA PACOCA

Demóstenes, no auge de sua juventude, sentiu ardor no peito. Não, não era doença braba, mas um não-sei-o-quê, um não-tem-lugar, uma apertação no corpo, uma friagem quente que nem ele, com seu sentir, podia explicar o que era. Tinha aparecido no arraial de N. Sra. da Conceição quando viu aquela mocinha, tão bonita como as girandas de brinquedos. Era a Sebastiana, filha mais nova do Velho Bruno, tecedor de matapi lá do Furo-Grande.

O doente de não-sabe-o-quê, filho único de navegadores dos rios e do mar, estava só no mundo desde a adolescência, quando o pai não respeitou a tradição de presentear os negrinhos-da-pororoca com a destilada cana de Abaeté, perecendo entre ondas e remansos do encontro de águas doces e salgadas.

Homem de habilidades, Demóstenes dominava a ciência de se conduzir pelas águas, salgadas ou doces, calmas ou revoltas, no claro ou no escuro, de qualquer forma. Se tivesse apenas uma enxó construía qualquer embarcação, dependendo da madeira e do tempo. A matemática dos mastros e dos cascos lhe pertencia. A mecânica dos astros, o cheiro e a direção dos ventos, e as marés, era tudo o que precisava para navegar em qualquer água. Cortava o pano com o cálculo da experiência , encerava-o com resina de plantas ou de peixes, organizando qualquer velame.

Não tinha paragem. Hoje aqui, amanhã outro porto.

Mas jurou ficar ponte pelo amor da linda Sebastiana.

Tanto cantou, tanto cercou, tanto falou e ouviu, que Sebastiana também sentiu ardor no peito , o não-sei-o-quê , a apertação, o não-tem-lugar, as friagens, ou seja, apaixonou-se pelo navegador Demóstenes.

Pediu a moça em casamento e levou, não só a benção de seus pais, mas uma terra para se quietar: um lindo paraíso de várzeas, igapós e terra-firme, chamada de Ilha da Pacoca porque lá moravam muitas pacas.

Demóstenes e Sebastiana fixaram residência e domicilio e se amavam mais e mais conforme o passar do tempo. Até que uma noite a esposa cai doente: febre, tremedeira, diarréia, vômitos e desmaios. Era necessário buscar auxílio na vila imediatamente. Mas a noite era de temporal e de águas agitadas.

O mestre navegante observou o tempo e viu que era praticamente impossível vencer as ondas, correntezas e remansos, com apenas uma montaria que possuíam na Ilha, pois, desde que casou, não mais possuía outra embarcação para não ser tentado a voltar a navegar como antes.

Mas era o tempo ou a morte de seu amor. Resolveu enfrentar a natureza. Mas quando buscou sua montaria, percebeu que o temporal foi mais esperto e levou a embarcação em suas brabezas.

O desespero tomou conta do corpo e da alma daquele caboclo. Não tendo alternativas, pegou sua amada mulher nos braços e jogou-se no rio para levá-la a nado até onde pudessem salvá-la. Entretanto, o rio o devolvia para a margem com fúria e força. Após várias tentativas, e vendo seu amor suspirando de morte, Demóstenes começou a gritar clamando pelos encantados da floresta e dos rios. Pedia clemência pela vida de sua paixão. Não obtendo resposta, correu para casa e pegou todos os panos que lá tinham e os estendeu sobre as árvores, amarrando-os pelas bordas e pontas, formando um velame. Agarrou o remo que sobrou da sua montaria e, na beira do rio, mergulhava-o na água com o movimento de quem rema.

Tentava, com o velame de seus panos e com as remadas de seus braços, transformar a Ilha da Pacoca em embarcação, navegando na noite de temporal para salvar sue esposa. Demóstenes gritava por todos e por tudo e, de repente, sentiu que a ilha se mexia e navegava. Alegre, foi abraçar sua esposa desfalecida quando teve o assombro de não mais sentir sua respiração e seu calor: Sebastiana não suportou e faleceu.

Num impulso indescritível, Demóstenes levantou o corpo de Sebastiana aos céus gritando com a voz de cem trovões quando aconteceu um encantamento: a Ilha da Pacoca se iluminou toda, com as luzes de centenas de faróis e luas; os panos feitos velas se inflaram, e a Ilha da Pacoca começou a navegar velozmente sobre as furiosas águas do temporal.


Assim, até hoje, quando se tem um temporal feio na região do Rio Maratauíra, nas proximidades de Abaetetuba, uma grande embarcação, toda iluminada, com velas e velas, surge singrando as águas do rio e lá se vê, em sua proa, um homem com uma mão no cordame e, em outro braço, um corpo de mulher. É a Ilha da Pacoca, encantada, com Demóstenes levando Sebastiana para tentar salvá-la.

Cuiabá, 08 de novembro de 2008



Clóvis Figueiredo Cardoso


quarta-feira, 20 de agosto de 2008

DECAMERON E O TRAPICHE DE ABAETETUBA

TIVE UMA FASE NA VIDA QUE MINHA COMPULSÃO DIRIGIU-SE PARA A LEITURA DAS OBRAS CLÁSSICAS DA LITERATURA.
MORANDO EM SÃO CARLOS-SP, APROVEITEI DA EXISTÊNCIA DE FARTO ACERVO EXISTENTE NAS DIVERSAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS, TAIS COMO DA UNIVERSIDADE FEDERAL, USP, FACULDADES PARTICULARES, AS DO MUNICÍPIO E A DA CÂMARA MUNICIPAL.
MERGULHEI NOS TEXTOS DE CAMÕES, VICTOR HUGO, DANTE ALIGHIERI, STHENDAL, TOLSTÓI, MARK TWAIN, SHAKESPEARE, MACHADO DE ASSIS, FLAUBERT, GÓGOL E POR AI VAI.
NESSA MALUCA E OBSTINADA VIAGEM PELO MUNDO DAS MELHORES OBRAS LITERÁRIAS, ENCONTREI UM IGUAL QUE ME AJUDOU MUITO.
O SECRETÁRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS, XAVIERZINHO, HAVIA, RECENTEMENTE, ADQUIRIDO ENORME QUANTIDADE DESSAS OBRAS PARA O JÁ GRANDE E IMPORTANTE ACERVO DA BIBLIOTECA DAQUELE PODER. ENTRETANTO NÃO ERA PERMITIDA A RETIRADA DOS LIVROS E FUI OBRIGADO A LÊ-LOS SOB AQUELE EDIFÍCIO QUE FOI PROJETADO POR EUCLIDES DA CUNHA PARA SER UM PRESÍDIO.
O SECRETÁRIO INDICOU A LEITURA DE DECAMERÃO, DO ITALIANO GIOVANNI BOCCACCIO, ESCRITA ENTRE OS ANOS DE 1348 E 1353.
SETE MOÇAS E TRÊS RAPAZES, FUGINDO DA PESTE NEGRA QUE ASSOLAVA FLORENÇA, REFUGIAM-SE FORA DA CIDADE, ONDE PASSAM O TEMPO SE DISTRAINDO CONTANDO CASOS AMOROSOS DURANTE DEZ DIAS SEGUIDOS, TOTALIZANDO 100 NOVELAS. DAÍ O NOME DA OBRA: “DECAMERON” = “DEZ DIAS” EM GREGO.
MEU ASSOMBRO AO LER E RELER ESSE LIVRO É QUE, ANTES DE CONHECÊ-LO, JÁ SABIA DA MAIORIA DOS CASOS ALI DESCRITOS!
COMO PODERIA TER CIÊNCIA DAS NOVELAS DESSE CLÁSSICO ANTES DE LÊ-LO?


MINHA MEMÓRIA REPORTOU AO TRAPICHE DE ABAETETUBA. AQUELE MESMINHO QUE FOI TRAGADO PELA COBRA-GRANDE QUE TEM O RABO ESCONDIDO BEM EMBAIXO DA CATEDRAL.
UMA DAS AVENTURAS MAIS PRAZEIROSAS QUE TINHA ERA PESCAR DE CIMA DO TRAPICHE OS MANDIIS, MANDUBÉS, BACÚS E OUTROS PEIXINHOS.
ENQUANTO ESPERAVA A “BATIDA” NO ANZOL ISCADO COM CHARQUE, IAM APORTANDO AS GELEIRAS, FUBICAS, CANOAS, BARCOS E OUTROS. OS EMBARCADIÇOS SE REUNIAM NAS BARRAQUINHAS DE CAFÉ OU EM VOLTA DE UM BELO LITRO DE CACHAÇA DE ABAETÉ. OS CASOS ERAM NARRADOS COMO ELES PRÓPRIOS TIVESSES PARTICIPADO DOS FATOS. MONSTROS, TRAIÇÕES, LENDAS, VISAGENS, DOENÇAS MULHERES, MÚSICAS, ETC. o)S CASOS MAIS DIVERTIDOS ERAM JUSTAMENTE OS DO BOCAGE – SACANAGEM PURA!
EU AGORA DEBRUÇADO SOBRE UMA MESA DA BIBLIOTECA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS, LIA OS CASOS QUE JÁ HAVIA ESCUTADO INÚMERAS VEZES, POR NARFRATIVAS DE CABOCLOS, MUITOS DOS QUAIS ANALFABETOS, NO TRAPICHE DO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA QUE UM DIA A COBRA GRANDE ARRASTOU PARA SEU NINHO.