sexta-feira, 13 de julho de 2007

Lenda do fantasma que existia em Abaetetuba


"Até os anos 60 e 70, acreditava-se existir circulando pelas ruas da cidade, das onze e meia a meia-noite, um fantasma, sempre vindo do fim da rua D. Pedro II para a beira (feira). Pelo número dos fatos ocorridos, o fantasma se tornou lendário em nosso meio e visto por várias pessoas.
Era um estranho sujeito, da altura do poste de iluminação, muito seco, usando calça preta e camisa muito branca e feia que esvoaçava ao vento. Seu andar parecia o jogo de um fado português, som de tamancos ritmados, dando a impressão de soar de um peleque e tum, tum, tum. Nas noites de luar, mesmo quem não via, acordava a essa hora ouvindo-lhe passar.
Sua constância maior era na rua D. Pedro II e Pedro Rodri­gues. Ao vê-lo, a pessoa ficava estática e estarrecida, pregava ao solo, sem poder mover-se, até o fantasma se perder na distância.
Por vezes era visto cobrindo toda a extensão da rua, como um grande lençol esvoaçante, ou em forma de animal muito branco, que de pequeno crescia até se tornar aquela coisa enorme e apavorante.
Assim era Abaetetuba, simples, meiga, e cheia de mistérios e lendas fantásticas contadas por nossos anciões como verdades ocorridas." (extraído do indispensável livro "ECOS DA TERRA" da autora Maria de Nazaré Carvalho Lobato, editado pela Secretaria de Estado da Cultura em 1993.)
A leitura dessa obra nos transporta à Abaetetuba de qualquer lugar do mundo.

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